A saudade sempre.
Sempre na verdade,
a saudade sempre é.
A saudade sempre.
Sempre na verdade,
a saudade sempre é.
Era um corpo pequeno
desenhado pelo tempo.
Um cabelo preso. É,
num modelo antigo.
Uma simples varanda,
um sorriso nunca visto,
um olhar quase visto. É,
imagem que fica.
É verdade que eu nunca vi.
É verdade que eu sei que vi.
É verdade que lá estava.
É verdade que a chuva caía.
A saudade sempre.
Sempre na verdade,
a saudade sempre é.
A saudade sempre.
Sempre na verdade,
a saudade sempre é.
Eram tecidos molhados,
roupas minhas conhecidas.
Um braço encolhido. É,
felicidade cortante.
Uma mulher menina,
filha linda de mãe-d’água.
Dança pela doçura. É,
dizia e não falava.
É verdade que eu nunca vi.
É verdade que eu sei que vi.
É verdade que lá estava.
É verdade que a chuva caía.
A saudade sempre.
Sempre na verdade,
a saudade sempre é.
A saudade sempre.
Sempre na verdade,
a saudade sempre é.
Uma cena viva,
a pintura vista,
a mensagem pura,
o presente aceito é.
A saudade sempre.
Sempre na verdade,
a saudade sempre é.
A saudade sempre.
Sempre na verdade,
a saudade sempre é.