Noventa e nove lá no redil
Salvas do frio e perigos mil
Mas o pastor, contando a só
Da ovelha perdida, oh! Quanta dó
Saiu o pastor, a errante buscar
E pelas montanhas e pelos desvãos
Procurou até achá-la, ferida e ofegante
Fui eu a ovelha fugaz
Pedras cruéis feriram seus pés
E suas mãos rasgaram de vez
Mas, inda fosse a montanha subir
Não deixaria a errante balir
Já alta noite ouviu um clamor
Da pobre ovelha, hirta de dor
E nos seus braços, toma gentil
A desgarrada de volta ao redil