Semeando palavras ao vento em tempo e fora de tempo
Verso, caneta, caderno velho que eternizam cada momento
Na trilha que me proporam sem descanso e atalho
Sucesso antes de trabalho, privilégio do dicionário
Aurélio aqui não se cria, o que se sabe se aprende com a vida
Louco suburbano rap e eu sou corda vocal das esquinas
Sobrevivente da Guerra onde o sangue é a estrela do filme
São milhares de mães que choram
Porque viveram bem mais que seus filhos
Conflitos, cadernos, 10% de inspiração
E os rabiscos de Thomas Edison nas entrelinhas da minha canção
Decifrando as folhas brancas despejando minha vida nas linhas
Contra a ostentação que domina os vermes de alma vazia
Sem princípio com as quadradas sai acelerando as motos
Vitimando velho e criança
PAC Sedex 10 por óbito
Tudo que eu vi e já senti serviu só pra me lapidar
A alma reluziu o brilho que é intenso e eu não posso parar
Pra ser louco é bom tá sóbrio mano
Que hoje eu tô, Por hoje eu tô, só por hoje eu tô, não
Só por hoje eu sou, só por hoje eu sou
Velho foi rasgado e bezuntado
Agora é sério pisa com cuidado que o santo baixou sobre o sagrado
Onde o meu mestre andou o homem caiu solo salgado, lágrimas de dor
O ódio adoçou o oceano, viu o ciclo da dor e o bebê partiu
Essa mentira que o Brasil quebrou e nós abraçou
Mike na mão cajado do alemão chapado
Abrindo a mente desses crente que tatua a testa
Eu vou pelo sangue pisado, lavado
Mesmo brisado minha estrada é de um soldado que já desertou
E olha que até corri para as pedras pra escrever essas rimas
Mas antes de chegar lá em cima ela já estava pronta
Que o texto da minha caneta não é o Vitão que assina
Descobre quem move o Kivitz e põe nessa conta
Tudo que eu vi e já senti serviu só pra me lapidar
A alma reluziu o brilho que é intenso e eu não posso parar
Só quero deitar pra dormir com a mente calma e a alma lavada
A pressa aquece o peito em si, mas sem ação não vale nada
Me vale mais o que eu escolhi que qualquer coisa sancionada
Me vale mais um desaforo em foco, louco
Tosco e fosco que suas ideias de conto de paz
Ilusionário que suas ideias de contos de paz
Ilusionário
Você pode erguer sua mão, pode abrçar o irmão
Festa do rap é uma celebração, satisfação!
Tudo que eu vi e já senti serviu só pra me lapidar
A alma reluziu o brilho que é intenso e eu não posso parar
Você pode erguer sua mão, pode abrçar o irmão
Festa do rap é uma celebração, satisfação
Tudo que eu vi e já senti serviu só pra me lapidar
A alma reluziu o brilho que é intenso e eu não posso parar
Eu não posso parar! Eu não posso parar!