Pra cada choro, uma saída
A cada chuva, uma sofrida
Uma pedra, derreter, no mar São José
Cosme Bento anunciou
Revolução a lograr
Uma raça contra-atacar
A calmaria que antecede a explosão
Um cheiro de fruta no ar
E o que não dizer quando não há
As tantas coisas pra explicar
Viver
Viver na corda bamba
Com o sopro preso na garganta
Entre o homem e o leão
Pra matar o talvez
Na certeza de saber se você vai olhar
Se tudo que eu canto é pra você notar
Qualquer motivo é distração
Parar e repensar
E o que não dizer quando não há
As tantas coisas pra explicar
E ser
Pelo que há de amoral
Por não sobrar o entender
Pela queda do difícil
E todo mal
E todo mal
Se nas estrelas, teu passado, eu existir
Leva contigo meu oriki
E oxalufan benzê
E o que não dizer quando não há
As tantas coisas pra explicar.
(Por Dayra Batista)