Coração na ponta dessa pena, do barraco inspiro liberdade
Outro filme e sempre a mesma cena, da montanha expiro como a tarde
Como o trem que parte eu levo poucos, salvo o mundo sempre que eles correm
Quando escorro, vejo mais profundo, por isso meus sonhos nunca morrem
Desenterro, medos quando sumo, desencanto enquanto acordo cedo
Se o futuro for como eu presumo, meu presente esconde mais segredos
Conversando com o céu desabrocho mas sinto que as coisas que perderam o sentido
Não me julgue fraco se não sabe o porque dessas pétalas terem caído
Da janela as nuvens da rotina dizem que a falta de afeto enfraquecem o homem
E a perda da fé em si, leva o melhor de si quando o porque consome a vida
Digo ao vento que bate amanse a fera, ao verão que traga seu calor intenso
Que meu não ódio não toque primavera, meu amor não é sempre que venço, eu sinto
Que olhares lá foram me chamam pro abismo
E a vida aqui dentro quer o novo por isso parece egoísmo
Não me traga goles dessa paz que eu não quero, eu preciso ser livre agora
Enquanto a tempo de ser quem eu sou, não permita que eu pare
Ainda sinto muita sede
Escutando espelho enquanto abaixo o canto
Lágrimas borraram as preces de um santo
Quando o coração se fala as nuvens dizem tanto
Quando o coração se cala as nuvens dizem tanto
Do ponto cego, ao ponto mudo, escrevendo a ponto de perder o sentidos
Por um novo beijo, novo abraço, por um novo problema não resolvido
Maldição escrita em cada linha traço, tudo o que não tive não foi por acaso
No ventre da baleia pude refletir quanto vazio cabe nesse espaço
Corpo cansado a fé de um crente e um maço, herói e vilão na mesma pele em crise
40 graus chorando mormaço para que (meu) seu sorriso se materialize
Ambição na gaveta aflora selva, o filho bom a casa nunca doma
Quando vai pela intuição que leva, nunca volta ao mesmo depois que retorna
A volta inspira os que não foram longe, quantos horizontes me fizeram ver
Que a passagem é breve e nada aqui é meu, e já não há nada que eu possa perder
Queimando vivo, apagando ilusões
Libertando a voz dessa maldita bolha
Fora da ilha quebrantei meu elos meu coração que fez novas escolhas
Algumas linhas foram como agulhas pela fé costurando as estrelas
Tocando o céu, com a palma das visões
Só que os cegos não queriam vê-las
Vitórias marcadas sem telas
Enquanto a ampulheta se esgota
Veja as voltas que o mundo
Veja as falhas do mundo em suas voltas