Arrancam minhas asas porque alma
Deus não me deu
Maldita luz que iluminou os erros seus
E em instantes eu senti a sua ira
Tudo em minha volta destruir
Enquanto os céus desabam o chão parece abrir
E a terra gelada me acolhe e me abraça
Como se não pudesse me deixar sair
Ao meu lado vejo irmãos sendo despedaçados
Como se fossem seus os meus pecados
E a sua dor refletisse o dobro em mim
Dividido entre o abismo e a morte
Com o corpo em carne dilacerada
Decidi pela queda e vertigem
E minha ruína foi sentenciada
Cavei com desespero
No seio da terra me escondi
E em seus braços oculto a desgraça
E rumino a farsa que eu vivi
Do meu sangue fez-se a lava e o meu ódio a aqueceu
E eu me levanto do fogo, para tomar o que é meu