Eu nunca sei
Não saberia te perder
Em espaços desconhecidos
Buracos siderais
Por que você se foi
Se as ondas aqui são brandas
Se conforto o seu peso
Malabarismo sentimental
Agora as ondas se fecham
Tempestade
O arco-íris surge e ilumina
Cores
Tantas cores
Que eu nem me lembro mais
Vejo, nós vamos ser o antes
Vejo, vamos sofrer do antes
Atados até morrer ao antes
Nunca mais os beijos do após
Os anjos bons
Anjos são sempre anjos
O mal que nos impede
Condena-me, tortura-me
No que nos tornamos
Será mistério? Terá mistério?
E quando as coisas morrem
Recomeçam do fim?
O ventre do seu destino sou eu
E ninguém melhor p’ra entender você
Do que suas pròprias excretas e máscaras
Tire-me do sério
Conte-me o mistério
[Se há…]
Mas não me deixe assim longe, tão longe
Não me guarde para sempre
Lágrimas, as lágrimas do meu corpo
Querem verter em ti