Canto
Pro meu pranto se quebrar
Trazendo alegria o sol virá
E com ele o meu cantar
Quando eu canto acabam-se os prantos
Vejo a esperança e alegria no olhos dos manos
Emano da alma o meu canto de guerra
Poesia urbana às vezes vulgar mas sempre sincera
"O griô" futurista que mantém vivos os ancestrais
No tambor, nos beats, eu sou capaz
Meu canto não traz sabedoria de um profeta
Mas a malandragem de um marginal poeta
Que chora quando rima o dia-a-dia
De quem vive sorrindo com a panela vazia
O meu canto fortifica quem fecha com 'nóis
Através do meu canto o morro tem voz
Sou um versador que põe amor no que verbaliza
E dá a própria vida pelo que acredita
Não faço guerra em nome da paz
Pois um homem de verdade pela paz a guerra não faz
Canto
Pro meu pranto se quebrar
Trazendo alegria o sol virá
E com ele o meu cantar
"Psicopado", rimado, falado, chorado ou versado
Não importa a forma
O importante é que eu não me calo
O meu canto fortifica a luta dos manos
E deixa triste o sorriso dos tiranos
Quando canto meu canto encanta a mina na pista
Encantada com a rima requebra na batida
O meu canto canta as alegrias da vida
E também canta as cicatrizes nela adquirida
A felicidade de ter um grande amor
Também a tristeza de quem nunca o encontrou
Canto a dor de perder pessoas queridas
Quem não canta não espanta os males da vida
Canto samba, cerveja e o futebol
Num domingo à tarde como é lindo o por do sol
A dor e a tristeza não podem nos abater
Cantando juntos somos fortes
Sabe por quê?
Canto
Pro meu pranto se quebrar
Trazendo alegria o sol virá
E com ele meu cantar
Canto
A alegria de estar vivo
Canto
Vou celebrando com os amigos
Canto
A vida sem maldade
Ela é bela mas 'tamos só de passagem
Canto
A alegria de estar vivo
Canto
Vou celebrando com os amigos
Canto
A vida sem maldade
Ela é bela mas 'tamos só de passagem
Canto
Pro meu pranto se quebrar
Trazendo alegria o sol virá
E com ele o meu cantar
Lá, laiá
E com ele o meu cantar
Lá, laiá
E com ele o meu cantar
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