Pelas ruas, pela cidade
Os passos da população
Todos sem saber pra onde vão
Os gritos são a sua fala
O dinheiro pulsa, a verdade se cala
Sob os olhos atentos da televisão
Sem coragem, nem medo
Sem mente, nem coração
Sem amor ou ódio
Só idolatria, fé e devoção
Justiça cegada
Justiça vendada
Um líder, a massa, a punição
Sob a inércia e a apatia
A violência ainda faz o dia
Esperando a voz de quem seduz
Sob olhar compreensivo
Soberana reina a surdez
Aos apelos de quem não a conduz
Temida ou amada
Se realiza quando escravizada
Não dá lugar a razão
Sempre a espreita ataque à traição
Justiça cegada
Justiça vendada
Um líder, a massa, a punição