Depois de algumas trilhas
(pra bem longe de casa)
Você não foi nada
Depois de noites em claro
(mas não desliga nunca?)
Você não é nada
Depois de muito sozinho
(mesmo quando não cabe)
Você não faz nada
E de tanto ser nada
O que mais pode ser?
Sinto saudade de te ver nas sombras
(quando estou andando)
Tenho saudade de te sentir nas letras
(quando estou cantando)
Hoje eu olhei no espelho
jurava que era você
dizendo baixinho: vai dar certo
Me afoguei na saudade
Procurando evitar de te ver
E me envolvi na suavidade
Na real, confiabilidade
Foi-se o casco, meu corpo e você
Eu te amei e não foi pouco
sábado, janeiro e agosto
mas como tudo que é demais
Um dia deixou de ser
E nada que é demais, sabe
pode continuar a ser