Sacode o tempo
A vida passa
Mais um dia
Mais uma praça
Toda sala
mais uma batalha
Todo passo mais olhares
pés descalços
Me desfaço a caminhar cabisbaixo
aprisionado à cegueira do chão
perdido por dez segundos
na fadiga da guarnição
Mais iminência
de atenção me refaço
No olhar intensão
Tensão à ameaça
Mais ira
fúria para a luta
no calor velado
o punho não reluta
Sem amigos
tudo é afronta
Sem descaso
a defesa não desmonta
Cada palavra uma explosão
No universo agressivo o ataque é a unica alusão
Uma guerra numa conversa
Paralela perdição
Aqui tudo é espinho
nada é perdoável
É essa a sina
Para tudo estar sozinho
A vida refuta
esforço, dor e força
Um contrato de luta
medo, desejo e poder
A competição meu orgulho saúda
Um caminho um tratado
A fatalidade bruta
Raiva, fúria e sofrer...
Por que mesmo nas vitórias o meu peito não vive dias de glória?
Não sou nada sem ela
Vida em guerra...