Quanta saudade
De quando morei na roça
Na minha velha palhoça
Na beira de uma estrada
Todas as manhãs
Eu acordava bem cedinho
Com o cantar dos passarinhos
Era o que eu mais gostava
O sol nascia
Refletia os seus raios
Secando todo o orvalho
Que a madrugada chorou
E o que
Me resta agora
É saudade de outrora
Que em meu peito ficou
O tempo passa
Não vejo mais as boiadas
Nem os vaqueiros gritando
Lá no meio das campinas
Tempo que foi
Onde está o carro de boi
Que o carreiro tinha orgulho
Em tocar ele na estrada
E os passarinhos
Aos poucos emudeceram
Não ouço os seresteiro
De manhã me despertar
Já estou
Velho e cansado
De recordar o passado
Tempo que não volta mais