Pinote do Garrote
Meu cantar trás muito do meu jeito
Nordestino que é tão simples
Tal igual é uma canção de lá
Trás o som da fala do norte
Minha mãe, aminha terra
O nordeste é meu lugar
Olha o pinote do garrote
Tem cuidado mão do vaqueiro
Olha o gemido da viola
No dedo do violeiro
Tem uma luz no candeeiro
No pavil de lamparina
É lampejo derradeiro
Dos olhos dessa menina
A forma do olho d’água
Eu acho que é cobra dele
Do lado de santo Antônio
Só se vê o desespero
Cuidado vaqueiro!
Pegando boi pelo rabo
Na derrubada do gado
Tem que saber vaquejar
Cuidado vaqueiro!
Não consegue nem garrote
Pulo de boi
É pinote danado “pa” derrubar
(x2)
Nem toda palavra é certa
Nem toda certeza é conta
Nem toda faca é de ponta
Nem todo sol ta no mar
Nem toda lua é de prata
Nem todo chão é deserto
Nem todo momento é certo
Pra você me provocar
Venha cá você e diga
Quatro vezes sem errar
Couro de vaca é vaqueiro
Boi manso é que nem garrote
Pulo de boi é pinote
Danado pra derrubar
(x2)