Meu pé inchado de tanto serviço
E essa obra ta pra terminar
Já to sentindo o peso do suplicio
Se outro trabalho eu não arrumar
Eu nasci no mato, lá eu me criei
Mais a secura me tirou de lá
O sol queimou tudo o que eu tinha
Eu vim pra cá só pra trabalhar
Por isso lhe peço com amor e saudade
Aperta a minha nuca com a sua mão
A dança na feira me trás a lembrança
Lembrança das noites do meu sertão