Uma freira procurava por um bichinho de estimação para presentear a madre superiora, quando teve a idéia de pedir ao seu irmão fazendeiro que lhe enviasse um pagagaio, mas que fosse selvagem para que ela pudesse lhe ensinar os cânticos e orações da igreja.
Seu irmão lhe disse que não haveria problema pois em sua fazenda haviam vários papagaios na mata e que lhe enviaria um em breve.
Logo cedo, o irmão da freira e um capataz pegam seus cavalos e seguem mata a dentro onde encontram um papagaio que nunca tivera contato com um ser humano. Colocaram-no em uma gaiola presa a um dos cavalos e retornaram à fazenda.
No caminho, começa uma garoa fina:
-Que garoa filha-da-puta - diz o fazendeiro.
Logo esta se transforma em forte chuva, fazendo com que o caminho se torne um grande lamaçal onde por fim a égua se atola.
-Enfia um toco no rabo dela que ela levanta - diz ao capataz.
Este então arruma um toco de árvore e enfia por baixo da égua para erguê-la, conseguindo desatola-la com facilidade.
Seguem então para a fazenda onde enviam o papagaio direto ao convento.
Chegando lá, a freira toda feliz aproveita a missa do dia e pede para que o padre abençoe o animal.
-Te abençoo, criação de Deus -diz o padre jogando água benta sobre o animal.
-Que garoa filha-da-puta -diz o papagaio.
A irmã, aterrorizada desmaia.
-Enfia um toco no rabo dela que ela levanta -diz o papagaio