Froid
Eu fujo como um jaguar
Na hora estou a léguas
Aqui que eu desço e fumo
Daqui que eu vejo tudo
Não vou voltar pras trevas
Escuto a voz de fundo
Reduzem as florestas
Pra construir mais celas
Por que criar favelas
Pra exercitar canelas
Pra fabricar mulheres
Pra ariar panelas
Mumificar os homens
Embebedar crianças
Não tens pena do mundo
Fuder não é uma transa
Por onde eu passo eu deixo
Alguém com a mão no queixo
Tô com uns panos de brechó
Distribuindo beijo
A 110 me deixam
Vou com a mulher pro brejo
Botar os pés no chão
Ouvindo Tyler, the Creator
Em alto e bom tom
Realmente não pertenço
Sou livre como incenso
Depois da carburação
Sou a mesma pessoa
Esse papo cessou
Cê sabe que magoa
Mas vai só pela sensação
Um fala pra ir devagar
Não tenho paciência
Por nenhuma doutrina
Muito menos clemência
Por nenhuma quantia
Talvez pela agência
O que seria da farmácia
Se a gente fumasse a cura das doenças
Voei pra dar o troco
Me pegaram na crocô
Vão me levar pro tronco
Já sei o que vão me propor
E vão me dar um pouco
Em cima do meu trampo
E eu quero é tudo
Azar de quem me topou
No meio desse encontro
Eu sei que eu falo muito
às vezes sonho cenas
Das coisas que eu escuto
Eu acordei um monstro
Faz tempo que eu não durmo
Mas eu duplico o lucro
Com um quarto do produto
Desarrumei minha vida
Em 22 páscoas
Então engatilhe pedras
Ou engatilhe facas
Mandei sinais de alerta
Até pombos com cartas
Mas não tive respostas
Agora eu sigo ignorando as placas
Raillow
Solte o verde
Enche a taça
E esse mundo ainda me mata
Amor, se você não me matar de amor
Acho que eu te mato de raiva
Eu vou ser o que ninguém esperava
Vou andar nessas ruas até o fim da jornada
Com a roupa que me veste melhor
Com um olho na esquina
E o outro não apaga
E o mundo gira normal
Enquanto o poeta se estraga
Pela inspiração e a condição de tudo
A gente morre e mata
Então corre, parça
Pro outro lado do mundo
Pro outro lado do mapa
Crava o sucesso na mente deles
O dinheiro pra comprar tudo
E o respeito pra abrir as águas
Ah! universo de farsas
Uma de cinco e duas cachaças
A morte de olhos brancos vendendo na cápsula
Aff, mano
Você não me entendeu direito
O que eu quero pra mim
O que eu quero pra mim
é tudo que todo dinheiro do mundo não paga
é tudo que todas drogas do mundo não apaga
Nem que seja eu contra o mundo e mais nada
Nem que tu seja a última
E eu o último cara
Se eu quiser falar de amor eu falo
Se eu quiser consumir tudo eu consumo
E nem é porque sou eu que pago
é porque o que vai me matar sou eu
Não essa vidinha chata
Perdendo sangue
Mas não a graça
Ganhando tempo
Dominando as praças
Ela acompanha os meus passos na noite
Confio muito nela achando que saudade não passa
Mas passa
E vi que tudo passa
E que eu mando em mim
No meu camarim
Conceito na quebra
E respeito dos parças