Esse bufo de cordeona vai pra todos os crioulos
Do meu Rio Grande véio bagual
Pra aqueles campeiros que, assim como diz meu pai
Esta vai pros de Cruz na testa, Régis Marques
Sempre que escuto um relincho
Mugir de gado berrando
Resmungo de oito baixo
E um nego véio tocando
Bem antes, cantar do galo
Fazendo o fogo de chão
Cambona véia chiando
Pra tomar meu chimarrão
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
Venha conhecer nossos campos, nossas coxilhas
Ah! Rio Grande véio
O meu galpão fumaceado
Pinhão na chapa e puchero
Um camargo espumadito
Sustância pra esse campeiro
Pra depois, quebrando geada
Troteando entre o Sol nascer
Um quero-quero revoando
Carreta véia ao ranger
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
E me adescurpe esse cheiro de campo, parceiro véio
Junta de boi pro arado
Semente que vai ao chão
E o trigo ganhando vida
Bênção de ervais do rincão
Nasci, me criei gaúcho
Juntito ao pai no galpão
Pra mim, não quero outra vida
Sou cria da tradição
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
Assim mesmo é meu Rio Grande
Deste jeitão, meu Rio Grande
E venha conhecer a hospitalidade do gaúcho, tchê