A alma num tranco manso
Se vai seguindo o balanço
Do tic tac da vida
E hoje no fim da estrada
Vou sorvendo a madrugada
Que consola a despedida
Se agranda o frio do silêncio
E nesse galpão imenso
Temem não querer sair
Com os olhos rasos d'água
Vou embalando minhas magoas
Nas tristezas de partir
Com os olhos rasos d'água
Vou embalando minhas magoas
Nas tristezas de partir
Horizonte
Tão distante
Que já no mesmo instante
A alma começa a chorar
Estradas vão sem mais ter volta
Nisso minha voz se solta
Então começa a gritar
Horizonte
Tão distante
Que já no mesmo instante
A alma começa a chorar
Estradas vão sem mais ter volta
Nisso minha voz se solta
Então começa a gritar
Ei-ra
Boi
Ei-ra
Ei-ra
Ei-ra
Boi
As lembranças vão passando
O tempo vai repuntando
Mas a tropa já se foi
As tropas em minha mente
Se vão com tal vertente
Que brota e logo se abriga
Vida dais no tiricampos
No clarão dos pirilampos
E as estrelas lá de cima
E assim no fim da idade
Só restando uma verdade
Do fogo as cinzas no chão
Que a tropa da saudade
Me leve para eternidade
De algum novo galpão
Horizonte
Tão distante
Que já no mesmo instante
A alma começa a chorar
Estradas vão sem mais ter volta
Nisso minha voz se solta
Então começa a gritar
Horizonte
Tão distante
Que já no mesmo instante
A alma começa a chorar
Estradas vão sem mais ter volta
Nisso minha voz se solta
Então começa a gritar
Ei-ra
Boi
Ei-ra
Ei-ra
Ei-ra
Boi
As lembranças vão passando
O tempo vai repuntando
Mais a tropa já se foi
Ei-ra
Boi
Ei-ra
Ei-ra
Ei-ra
Boi
As lembranças vão passando
O tempo vai repuntando
Mais a tropa já se foi