De cabeça erguida, nem sempre sorrindo
Anda pela rua desviando dos conflitos
Percorre caminhos antes escondidos
Traz no peito os mesmos sentimentos e sentidos
Olhares altivos tentam abalá-la
Tanta fome de vencer, ninguém pode pará-la
Sempre na batalha, nunca tá parada
Supera obstáculos, ninguém pode pará-la, não
Sempre pede forças deuses africanos lhe dão proteção
Quando perde o rumo para e segue ouvindo o seu coração
Com a responsa nos ombros, sempre focada
Às vezes sente a pressão
Olha ao lado e repara outras mulheres na mesma condição
Portas que são fechadas, ela escancara
E passa com seus irmãos
Pés e mãos são marcadas, na caminhada
Muita disposição
Mais uma preta que luta no seu dia a dia
com o povo por mais liberdade
Sempre dá treta se ela e seu povo circula
na parte nobre da cidade
Isso num é o acaso, é pensado
e sempre existe uma finalidade
Chegando em casa agradece beijando sua filha
guardada de toda a maldade