A cana tá queimando e o mato indo para o céu, só mais uma vez e o açúcar se transformar em mel, é indo pras queimada que eu vejo onde trabalha o réu, é indo pras quebradas que eu sinto perto o fogaréu. O corpo tá cansado e não aguenta ter de trabalhar. Olha para cima e ve que hoje o sol tá de rachar. Os calo tá ardendo e a testa não para de suar. Só esperando dá a hora pra pode fazer um carcanhá. Toma o leque, tó moleque, tá aqui seu abanador e vê se espanta esse calor da porra, Tó Moleque, toma o leque, daqui esse prato frio e ve se vive antes que você morra. Arde os braço queima os lábio e não para por ai, o chão tá quente queima a gente eu tô ficando trilili, o prato frio aquece a lara, e me deixa prosseguir, pronto pra corta as veia da cana que eu bebi.