Versito da patacoada,
Que sai coiceando da alma
De alguém que veio “das Palma”,
Onde a zebuada se arisca...
... Unha-de-gato me risca.
E japecanga me corta!...
...E um baiozito encerado
Sai troteando- atravessado-
Virando a cara pra’os lados...
... Cheirando o bico da bota!
Gente tigra e despachada,
Campeira e buena de laço!...
Lá nas palmas- companheiro-
O sistema que vigora
É mais ou menos assim:
Desde guri, nos criamos
Correndo zebu alçado
No meio dos alecrins.
O Camaquã tem mais voltas
Que burro de três galope!...
O mango responde os golpe
Das eguada chimarrona!...
E alguma rês – fraquerona!...
Mete as duas mãos na armada
Quando o agosto vem mangueando
Pro setembro que peala!
Nessa fronteira crioula
Por todo lado onde ando,
Eu sei bem- e não esqueço!-
O rincão lá de onde vim!...
E esta modesta coplita,
Não diz - a missa a metade-
Do que- as Palma!- representa
E grita, dentro de mim!
Na pedreira- algum bochincho...
...Muito indio sai riscado!
E na coxilha das flores,
Bastante baile afamado!
Na pedra Grande e velhaco,
Serra, cruzeira e banhado!...
...Nas palmas- como um todo-
é mato e campo dobrado!
E nas carreiras da toca,
Bordoneio co´o tio Doro
Uma vaneira matreira,
Num pinho- corda de aço-
Amadrinhado- ao costado-
De um pandeirito chistoso;
E um estouro- n’algum lombo,
Dum facão- n’algum planchaço!...