Não quero gritar chôro calado na alma
Almejar o que não é meu por ironia
Matar de sede a fome úmida de compaixão
Tudo tão contrário, poderes fracos
Tudo arbitrário, loteria do azar
Reverter um verso de um discurso político
É converter ilusões no papel em realidade
Não quero sonhar pesadelos do espírito
Desejar o impossível com euforia
Queimar de raiva a folha úmida morta ao chão
O contrário do avesso, a incerteza do errado
O lado de cima do céu, o fim do infinito
Meu calado grito: O verso do reverso