Renato:
Você é meu amigo de mé, meu irmão camarada.
Amigo de tantas purrinhas, de tantas porradas.
Carranca de velho, mentalidade de menino.
Cabeça de pombo, mas em um coração de um suino
Hermes:
Obrigado cumpadre, pelo bonito elogio.
Mas quando eu vejo tua lata me dá calafrios.
Se não me pagar o que deves te dou um pipoco.
A bufunfa lhe foi emprestada do nada, seu porco.
Renato:
Você, vagabundo de merda, grande sem vergonha.
Passava o dia embriagado. fumando maconha.
Aplicava pequenos golpinhos pra fazer um pé de meia.
Mas um dia tomou uma enrrabada, puxou uma cadeia.
Hermes:
Na boca do lixo eu já estive, mas sai sorrindo
Pelo menos não passei a vida me prostituindo.
No centro era conhecido como bunda de ouro.
Usava batom cintilante, cuecão de couro
Hermes e Renato:
Tu me chama de quilingue, de canalha e pervertido.
Mas no fundo eu te perdoo.
Pois você é meu amigo.
Tu me chama de quilingue, de canalha e pervertido.
Mas no fundo eu te perdoo.
Pois você é meu amigo.