Eu digo que há ordem na desordem
Carnavalização da vida
Onde o escravo vira rei
Onde a alegria é a lei
O carnaval há seis mil anos
Que beleza!
Um ritual sagrado e profano
Ritos agrários, pós-glaciação
É o cenário, berço da civilização
São primórdios esquecidos do carnaval
Os deuses comandavam o ritual
E desfilavam pelas cidades
A deusa Ísis e o Touro Ápis
Foi quando Pisístrato reconheceu
O culto à Dionísio
Que o Carnaval Pagão teve o seu inicio
O culto à Dionisio
Balacobaco baco
À festa da Saturnália
Eu vou, eu vou!
Depois na era cristã
A liturgia condenou toda a orgia
Mas o riso no inconsciente do povo
É garantia pra festa começar de novo
Gregório o grande, marcou então
As datas do carnaval cristão
Veneza na renascença
As fantasias e alegorias
Hoje no Rio de Janeiro
O maior espetáculo da terra
Sambódromo é um palco iluminado
Para uma nova era
Carnaval há seis mil anos
Um ritual sagrado e profano