Tempo de paz
Tempo de caos
Tempo de guerra
Deixa a brasa acesa
Amarela o dedo
Amassa lata
A brisa passa
Quem sou eu?
Gente ou indigente
Eu zombo, eu rio, eu tombo, eu caio
Me levanto e sinto e penso
Nada é meu
E daí se não me querem bem?
Se eu sou um verme?
Alguém se importa
Seja Deus
Algum dos meus
Ou um ateu qualquer
Que se permita conversar
Tempo de paz
Tempo de caos
Tempo de guerra
Através daquela porta eu vejo
O quanto eu não almejo
Ser um desse alguém
Caminhando eu vou buscando nada
Em lugar nenhum
Na terra de ninguém
Na chuva, no sol, no vento sul
Eu ando por qualquer lugar
Ando e corro
Pasto e morro
A liberdade deixa eu ver o mar
Tempo de paz
Tempo de caos
Tempo de guerra