A flatulência é breve e expira
Um gás quase mortal
Mas morto está o intestino
Do bufante animal
Que destrói a camada e ozônio
Com seu putrefato arsenal
O arroto é a vitória
Frente o equilíbrio formal
Dentro das entranhas químicas
Fermenta o bolo estomacal
E solta com viço e tempero
Nosso hálito mais ancestral
O ronco é a flatulência inodora
Ou será a flatulência o ronco anal?
Da semelhança sonora
Vive o inesperado casal
Fazendo a festa na siesta
Após o banquete dominical
O excremento um dia foi nosso
O que de mim eu não quis
O músculo abre gostoso
E eu reflito sobre o que eu não fiz
Defecar é filosofar
Sobre o que é ser feliz