Que taura bem entonado aquele que vem na estrada
Vem numa pose de chefe, embora não mande nada
Vem faceiro escramuçando uma rosilha bragada
Que não come o ano inteiro, mas em setembro é amilhada
Os “arreio” do pachola, até se param “engraçado”
É um xergão de carda grossa, mas pequeno e desfiado
Pra sentar bem a carona, de couro seco empenado
Vai um basto duas “cabeça” da marca “lombo pisado”
Um loro de cada de cada pêlo, por supuesto remendado
Estribos de dois tamanho, um liso e um “trabaiado”
Sem se falar dos “pelego”, tingido e já punilhado
E a cincha no osso do peito, com uns 8 fio remendado
E assim se vai pela estrada, pachola abanando os “trapo”
Se sentindo um farroupilha, muito mais do que um farrapo
Com a mesma fibra de antes que a história mostra o porque
Embora meio estropiado, bem gaúcho, deu pra ver
Bem gaúcho, deu pra ver, assim se vai pela estrada pilchado no próprio ser
Vai num bocó nos “arreio”, creolin e umas “bolacha”
No outro pra contrapeso, meio litro de cachaça
Nos tento duro e sem sova um laço de 12 braça
Remalhado “quaje” todo e há mais de ano não laça
Os “apero” corda chata são de feitio caprichado
Da marca do velho guiba, por ele mesmo emprestado
Da pilcha nem se comenta, é uma bombacha amarela
E umas espora bem grande pra conversar com a barbela
Chapéu desabado e torto, um lenço azul, desbotado
Por sobre a camisa branca, com nome de um deputado
Faca de prata e revólver abraçados na guaiaca
Com 120 moedas que valem mais do que a faca