Fui num mutirão no sítio, de um senhor enciumado
Tinha uma filha moça, me deixava apaixonado
Roçando numa invernada, a fome me apertava
Corri logo pra cozinha, junto dela eu almoçava
Meti o dedo numa broca, da suã chupava o miolo
Mas meu dedo ficou preso, a menina estava de olho
Amoitei a mão pra trás e esqueci do seu cachorro
Que bocou aquele osso, me puxando feito um touro
Entramos no quarto dela, aí eu estava gostando
Com sua mão delicada, seu cachorro dominando
Sentou na sua caminha, me olhando e sorrindo
Puchou o dedo com jeitinho, do buraquinho saindo
Com seu pai no mutirão, sua mãe com as criação
Namoramos em segredo, que até perdemos medo
Mas que tarefa apertada,
enfrentei no mutirão
Eu nem fiz calo nos dedo
Namorando em segredo
com a filha do patrão
Mas esqueci da minha foice,
lá no pé de uma lobeira
O sogro desconfiado
veio muito enfezado
fui pra casa, na carreira