Quando Isabel me abandonou
Alguém por ela perguntou
Passei a tranca no meu barracão
Como o comentário era geral
Um gesto meu que eu acho natural
Fui pro meu canto com meu violão
Lá no morro o amor que se perder
A gente trata de esquecer
A gente esconde se puder cantar
Ela há de saber que não mudei
Pelo contrário, até fiquei
Fazendo samba e sem parar
Eu malandro fui, mas sou poeta
Disfarço a dor e a dor me espeta
Espinho em forma de canção
Mas se o orgulho é forte
O amor é fraco
Por isso eu canto
Em meu barraco
Parece em festa, o coração
Tanto que se alguém
Me ouvir lá fora
E se Isabel
Chegasse agora
Ia pensar que há outra em seu lugar
Eu malandro fui, mas sou poeta
Disfarço a dor e a dor me espeta
Espinho em forma de canção
Mas se o orgulho é forte
O amor é fraco
Por isso eu canto
Em meu barraco
Parece em festa, o coração
Tanto que se alguém
Me ouvir lá fora
E se Isabel
Chegasse agora
Ia pensar que há outra em seu lugar