Quando me encontro
com as cordas de um instrumento som
Me afino com as respostas
do que me traz a canção
Só preciso das apostas, o valor é como um dom
Usa como que quem sabe o resultado é sempre bom
Pé no chão me faço abraço para não perder o som
Desafio o descompasso, sou eu quem faço a razão
To de longe ouço passos de quem se faz solidão
E há quem diga que o compasso
é como a desilusão.
Se a vida é uma resposta hoje sou um coração
Que vive e não se comporta dança
com qualquer paixão
Em forma de amor e sorte eu espero o teu perdão
Digam as cartas que sobram:
o que vale é a intenção.
Jogo pro alto a metade
do que se fez força em vão
Com a cara da verdade, sou a cor do coração
Só as cordas da viola me aliviam neste chão
Sigo pela estrada a fora
já nem sou mais solidão.
Laia Laiala Laraiala laiala Lara
Laialaiala laia
Sambei na avenida, cantei toda essa trilha
Na consolação vivo e não sofro
Na consolação vivo e não sofro
Sou paixão, sou fé, não tem sufoco
Cantei meu asé (axé) e o mundo todo ouviu
Meu carnaval, láialaia, ouviu meu carnaval.
Na melodia que surge em terra de agonia
Compasso vira samba dor vira alegria
No samba da minha terra prefiro ver o céu
Da sinfonia da escola de um grande menestrel
As cordas do meu cavaco choram pela paixão
E o violão dedilhado é como um coração
Que quando com amor tocado
se encontra com a razão
Bate mais forte eu sei poder da criação
Danço eu dança você apostas já vencidas
Usei com muita fé meu instrumento de vida
E pode ser desafio, encaro com sorriso
Até sentir o som, sou apenas instinto
É doce o lugar, pode ser madureira
Se é dia de semana que seja sexta feira
Com meu sorriso aberto, tendência acreditar
Se o caminho é meu não tem porque duvidar
Laia Laiala Laraiala laiala Lara
Laialaiala laia
Sambei na avenida, cantei toda essa trilha
Na consolação vivo e não sofro
Na consolação vivo e não sofro
Sou paixão, sou fé, não tem sufoco
Cantei meu asé (axé) e o mundo todo ouviu
Meu carnaval, láialaia, ouviu meu carnaval.