Eu fui um menino da roça
Que andava de pé no chão
Sem camisa e de calças curtas
Com um estilingue na mão
Passarinhando nas matas
Campeando nos cafezais
Bons tempos de minha infância
Que os anos não trazem mais
Meu pobre pai trabalhava
No sacrifício e na dor
Lutando pra que seu filho
Tornasse um grande senhor
Fui para a grande cidade
Num bom colégio estudar
Me formei, tornei-me um homem
Respeitado em qualquer lugar
Muito obrigado meu pai
Deus lhe pague seu amor
Aquele menino pobre
Agora já é doutor
Hoje tenho quase tudo
Mas não esqueço jamais
Os tempos de minha infância
Que saudade do meu pai