Ela tem o costume de dizer que não vai se acostumar
Não que ela cogite desistir de encontrar respostas
Se por um milagre esperar que milagres aconteçam
E só por um segundo acreditar que tudo vai ficar bem
Guarda histórias que ninguém jamais desconfiaria
do tipo de segredo proibido que ameaçamos nem imaginar
Já dinamitou o Vaticano e a Disneylândia
Desconsiderando o que os devotos e as crianças sentem
Olha quem chegou sem nos avisar
Nossa grande amiga, a solidão
Chama pra dançar, num Despas de Deux
Pra se acostumar com a violência de ter que viver sorrindo
Ela reconhece que nem sabe mais o que esperar
Tem muita vontade de mandar tudo à merda
Mas percebe que se ela mandar
tudo estará onde ela já está
Vai num tudo ou nada onde tudo quase sempre é nunca
Olha quem chegou sem nos avisar
Nossa grande amiga, a solidão
Chama pra dançar, num Despas de Deux
Pra se acostumar com a violência de ter que viver sorrindo
Guarda a esperança de um dia viajar no tempo
Pra poder dizer o que queria quando havia tempo
E as pedras no caminho também servem pra fortalecer
a vontade de apedrejar imbecilidades
Olha quem chegou sem nos avisar
nossa grande amiga, a solidão
chama pra dançar, num despas de Deux
Pra se acostumar com a violência de ter que viver sorrindo