À tempos eu não andava pela estrada de ouro fino
Desde aquela tragédia que aconteceu com o menino
Eu sempre cortava volta, do estradão eu desviava
Pra não passar na porteira que o menino sempre estava
Nessa última viagem algo estranho aconteceu
Quando dei conta de mim, na porteira estava eu
Com o gado todo juntado e meu cavalo empacando
E o mugido do berrante sem ninguém estar tocando
Na cruzinha do estradão construíram uma capela
Eu desci do meu cavalo e rezei diante dela
Sei que Deus abriu as portas do céu pra esse menino
Que durante sua vida passou porteiras abrindo
De repente em minha frente surgiu um forte brilho
Com o berrante na mão lá estava o menino
Com o mesmo riso nos lábios e a mesma sinceridade
Falou: "Toque o berrante seu moço, estou com saudades! "
Na cruzinha do estradão construíram uma capela
Eu desci do meu cavalo e rezei diante dela
Sei que Deus abriu as portas do céu pra esse menino
Que durante sua vida passou porteiras abrindo
De repente em minha frente surgiu um forte brilho
Com o berrante na mão lá estava o menino
Com o mesmo riso nos lábios e a mesma sinceridade
Falou: "Toque o berrante seu moço, estou com saudades! "
Prometo de hoje em diante fazer essa trajetória
Esquecer o que falei, tudo em sua memória
Lembrar sempre o que fazia quando me dava passagem
Tocar forte meu berrante
Sempre em sua homenagem!