Cansei de ser idealista de barriga vazia
Perder trezentas noites
Pensando em ganhar o dia
De cantar minhas magoas em cancao
De achar o que não esta perdido
Só ter para os meus filhos,
Um abraço e um aperto de mão
De ter que engolir calado e não morrer entalado
De sofrer o presente e esconder o passado
De um futuro que me guia.
Acorda para comer,
Acorda que não pinta o comodismo ativa, passiva,
Tendente, parente, serpente, cadente
Por fardar pessoas
A canção que não entoa
Se tenho nada sou atoa
Não temo ser tratado de coroa
Se tenho, me coroam como rei
Não importa se eu errei
Preço alto por uma canção
Que compus e cantei no festival.
Minha mana anuncia no jornal aluga-se uns quartos
Por a casa ser grande esta sempre vazia
Mas quando lembro do ditado que minha avó dizia:
“tó com uma dor nos ‘quarto’ minha filha “