As luzes se apagam,
E suas mãos amarradas à cama,
E ela se contorce de dor.
O entardecer escorre triste,
Pela janela à dentro.
Até o amanhecer.
E talvez já não se lembre mais de mim...
E talvez... já não se lembre mais...
Outras mãos agora à tocam sem saber...
Nenhum remédio a faz esquecer
que já é verão lá fora:
as flores murcham.
E talvez já não se lembra mais de mim...
E talvez... já não se lembre mais...
Teu vestido desbotado.
Teu rosto encardido.
Um sorriso incabado,
Aos pés do precipício...
Já não adianta chorar...
Não há lágrimas.
Já não adianta gritar...
Não há niguém pra ouvir.
Se um dia fores embora...
Me espere!!
Talvez encontremos juntos,
O nosso castelo.