Das muié que são casada
Nóis num mexe e nem farçeia
Nóis respeita os marido
Pra não leva chumbo nas oreia
Mas se elas pula a cerca
Pode ser que nóis proseia
Nóis vai com muito jeitinho
Dá uns três beijinho e depois vorteia
Não gosto da minha sogra
Ela só me faz pirraça
Se mete na minha vida porque sou doido pela cachaça
Mais hoje eu tô rindo a toa
Ela caiu em desgraça
Num tombo sobro dois dente
Um pra doer e um pra abrir garrafa
As muié que não que homi
É um sapatão furado
Pra essas nóis fexa o zóio
Nóis corta a vorta e dexa de lado
Homi que não que muié
Bato de laço dobrado
Muié é o que nóis mais gosta
Homi que num gosta é porque é viado
Arrumei uma namorada
Que me faz fica contente
Ela me deixa doidinho
É no escurinho é que fica quente
Mais de um tempo pra cá
tô ficando impaciente
Ela viro um chulé
Parece xicrete no pé da gente
Sou amigo de um sujeito
Que é uma coisa medonha
Em casa tem muito sócio
A mulher dele é sem vergonha
O pobre do infeliz com tanto chifre nem sonha
Ele quem dibuia o milho e os amigo come a pamonha
Esse amigo chifrudinho é o sujeitinho que eu tenho dó
Ele até que eu respeito mais ela é só no caximbocó.
/por: Carlos Abrate