Quando é pra trabalhar nego pode
Quando é pra sofrer nego pode
Quando é pra ganhar nego não pode
Quando é pra vencer, nego não pode
Maria cadê meu ponto
Pra esse nego trabalhar
É o nego de sinhô
É o nego de sinhá
O patrão é o sinhosinho
A patroa é sinhá
Até hoje a exploração
Continua a rodar
Mas tem uma diferença
Pra hoje o escravo ser
Na fazenda era castigo
E o hoje é ponto pra bater
Maria cadê meu ponto
Pra esse nego trabalhar
É o nego de sinhô
É o nego de sinhá
Nego quer bater o ponto
Pro trabalho acabar
Mas preto não tem direito
Trabalhar até apanhar
Quando cansa sinhô bate
Quando para sinhô chuta
Esse é o trabalho escravo
Levado na força bruta