É tempo de esperançar (4x)
A esperança não cansa
Avança, rasga o véu da solidão
Tal qual a asa branca, que avoa no Sertão
Proclamando na imensidão a fértil canção da Vida
E chega no Mandacaru
No ipê, flamboyant, no juá
Na caatinga o Pau D’Arco anuncia:
Do que já não florescia, vida nova brotará!
Mãe Terra é quem nos demonstra que fertilizada
está
É feito a mulher, que sangra,
e nos mostra abundância no seu rojo sangrar
Chão seco é ventre que acolhe
O úmido verde a chuvar
Vai simbora o que não tinha cor
E agora, meu amor, a Vida não acabará