Por amar e não saber
Conservar um grande amor
Já ví homem quase santo
Transformar-se em pecador
Quando a querência domina
A mente e o coração
Se precisar ela quebra
Principio de tradição
Humilhei quem amo tanto
Sem motivo e sem razão
Mas agora estou comendo
Na palma da sua mão.
Aceitei a vira volta
Aceitei sem diser não
A querência é soberana
Nesse assunto de paixão
Se ela me chamar respondo
Se ela me pedir eu faço
Faço tudo e não escondo
Não vivo sem seu abraço.
Quando a regência do tédio
Toca em nossos dissabores
Tocamos no desespero
E dançamos sem tocadores
Dentro de nossa cabeça
Cabe cinco continente
Mas não cabe a solidão
Doendo dentro da gente
Pareço cão de madâme
Preso na sua corrente
A vida fica sem graça
E o mundo foge da gente.
Por isso me desviei
Da verdade prepotente
E grudei na humilhação
Igual porta no batente
Se ela me chamar respondo
Se ela me pedir eu faço
Faço tudo e não escondo
Não vivo sem seu abraço...