Tantas caretas passadas
De um violão
Momentos que os dedos esquecem
A posição
Cordas enroscam a garganta
Perdidas na mão
Peso no centro do palco
Balança o chão
E agora?
Põe pra fora
Paranóias de um violão
Sempre abraçado no colo
Sentado no solo
Sem emoção
Unhas cumpridas, carícias
Compasso, malícias
De uma canção
Falta a platéia
Ouvindo com atenção
Força que nem se compara
Energia dispara
O coração
E agora?
Põe pra fora
Paranóias de um violão
Sigo fitando as meninas
Casando retinas
Com aflição
Letras cantadas a esmo
Fugindo mesmo
Da solidão
Este instrumento amigo
Promete ação
Vem o aplauso que paga
A diversão
E agora?
Põe pra fora
Paranóias de um violão