Eu nasci num velho rancho, bem no centro do sertão
Eu adoro a minha terra, berço do meu coração
Me criei na invernada, lidando com criação
Laçando boi pantaneiro, foi a minha inclinação,
Sentindo o peso do laço, nos calos da minha mão
Quando o sol se despedia, escondendo nmo esígão
A noite se aproximava, com sua negra escuridão,
Pra curar o meu cansaço, eu sentava no galpão
Afinava bem meu pinho, e cantava uma canção
E a natureza aplaudia, meu amigo o violão
Porém tudo se acabou, grande saudade me mata,
Não vejo mais o sertão, nem o luar cor de prata,
não vejo mais o sereno, nas folhas verdes da mata,
não vejo mais a beleza, dos riacho e das cascatas
Meu violão emudeceu, e não faz mais serenata.