Eu to aqui, sentado no chão
Resumindo pra você tudo num papel
Sentado nesse chão com a caneta e o violão
Decidindo se essa carta eu mando ou não
Me sinto frágil, estranho e corroído
Olho pros lados e vejo que não
O chão não é tão frio como são as suas mãos
Nem é tão duro como é seu coração
Você disfarça o teu fracasso na polidez
Eu sou sortudo e quero o mundo todo de uma vez
Mas continuo sentado num chão gelado
Cada vez mais louco e desesperado
Me sinto frágil, estranho e corroído
Olho pros lados e vejo que não
Ta tudo errado, eu já me dei conta disso
O seu mundinho é uma mentira pedindo ilusão
O chão não é tão frio como são as suas mãos
E nem é tão duro como é seu coração