JONGO-ENREDO
Quando a noite descia,
ao som da Ave-Maria,
um som de tambor se ouvia.
Dentro de uma senzala,
em um caminho pra Minas,
vozes de jongueiros se ouviam.
Na Fazenda da Bem Posta, em pleno Estado do Rio,
um jongueiro sentindo falta do caxambu,
tocava o candongueiro, após o angú.
Cantarolava a saracura,
levou o lenço da moça
que ficou chorando,
que pecado que ela leva quando morrer.
Sabiá cantou na laranjeira,
Sá Rolinha tá de luto de sentimento,
Sinhá dona “pereguntô”: “Quê que tá chorando?”
Que pecado que ela leva quando morrer?
Ora dança o caxambú.
Eu quero ver quem dança comigo, eu quero ver !