MÃO SANTA DAS ESTRADAS
Autor: Jorge Costa
Chovia muito numa noite de escuridão
Eu viajava na boléia do meu caminhão
Quando a saudade invadia
Em meu peito doía
A dor da solidão
Quando a saudade invadia
Em meu peito doía
A dor da solidão
Passava da meia-noite e a chuva não parava
Quando no rádio uma voz anunciava:
“Atenção senhores motoristas
Chove muito nas estradas
As pistas estão escorregadias
E há muita neblina na serra
Não trafegue pelo acostamento
Que há deslizamento de terra
Vá com Deus no coração e São Cristóvão na guia
Em cada curva da estrada
Lembre-se da sua família.”
Foi aí que eu vi em minha frente
Uma mão acenando me pedindo pra parar
Mais na frente caminhava uma boiada
Brequei o caminhão
Com este alguém eu fui falar
“De onde você veio, pra onde você vai?”
Uma voz me responde:
“Já fui caminhoneiro e boiadeiro neste lugar
Hoje moro no além, só vive em paz quem faz o bem.
Olhe em tua frente que a ponte a água levou.
Foi o Mestre quem mandou, eu vim te avisar.”
Caminhoneiro amigo
Herói das estradas
Segura a direção
Que o progresso da nação
É a tua chegada.
(repete).
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