A NOITE E SEUS CLARÕES
Será que as flores se alucinam
O dia de hoje foi tão quente
Eu vi você me vigiando
E nos canteiros a flores são iguais
Será que não me viu passar ?
Se exalando que é a sua voz
Joguei os versos na chuva
Vendi meus solos em chamas
Logo vem a noite, logo mais uma volta
Pega-me, quebra-me e leva-me
Logo vem a noite e seus clarões
Por não ser meu sonho
Por não ser seu sonho
Agrido-me
Será que são iguais a elas mesmas
Ou feito nós em corpo e alma
Meio doente e as vezes meio cego
Solitário em desalinho com o tempo
Vem de uma distancia sem igual
Vem como uma lança, um sinal
Vem por uma estrada sinuosa
Flertando um coração
Ontem vi você meio nos cantos
Talvez um pouco lento e até confuso
Antes disso tudo eu lhe digo, já vivi