Segunda-feira pintou, Juca operário acordou
Sua Rita já está de pé
Preparou seu café
Sem leite, manteiga ou pão
Ele bebe apressado
Diz, conformado: Não tem nada, não
Não tem nada, Rita
Não tem nada, não
Pega o jornal, embrulha a marmita
Um ovo cozido, arroz, farinha e feijão
A vida vai mal, Juca não se irrita
E diz à mulher: Seja o que Deus quiser
Beija a mulher e a criança adormecida
Que ignora a luta do pai pela vida
E assim ele vai, vai assoviando
Levando otimismo a quem precisar
Lembrando de um samba que fez no domingo
Pra escola cantar
La la laiá, Rita
La la laiá