Amigo velho outro dia desses
Fui no teu rancho e não te encontrei
Por ser amigo e ser de confiança
Dei um jeitinho na porta e entrei
No interior da tua residêcia
Alguns momentos passados lembrei
Na esperança que logo voltasses
Muito à vontade um chimarrão tomei
A meia tarde me bateu a fome
Fui na cozinha olhar as panelas
Achei arroz na caçarola preta
E no forninho um resto de costela
Misturei tudo numa frigideira
E no fogão avivei a brasa
A impressao que tive nessa hora
Foi a de estar na minha própria casa.
Este amigo que eu falo é um amigo
Desses amigos que bem poucos tem
Na casa dele eu me sinto em casa
E a minha casa é dele também
Embora ele não estando em casa
Parcialmente matei a saudade
Revendo quadros e fotografias
Que comprovavam a nossa amizade
Na minha saida escrevi um bilhete
Bem curto e simples mas que na verdade
Foi um convite pra que ele venha
Para cobrar a hospitalidade
Se acaso o rancho estiver tapera
Pode invadir e fzer o que eu fiz
E se a bagunça for maior que a minha
é a medida pra me ver feliz
Minha amizade não tem preconceito
não tem reservas e nem diferenças
Eu sou amigo para que que hora
No imprevisto na festa e na doença
Por: Roberta Breitenbach