Cansado da vida, cansado de tudo, talvez por viver sem ti
Saí para a rua, Meti-me num táxi, Pedi para me conduzir
Prós lados de Alfama, da velha Lisboa, que outrora bem conheci
Cheguei a praceta, sentei-me num banco, olhei para a casa e vi
(Refrão)
Que a mansarda, lá estava
E uma sardinheira subiu da janela ao telhado
E a mansarda, não mudara
E as aguas furtadas fizeram lembrar-me o passado
A tasca da esquina é hoje um café
Cheio de luzes néon
E a concertina dos tangos e valsas mudou para acordeão
E um pardal amigo que pela manha
Nos costumava acordar
Ficou no telhado da nossa mansarda
Talvez para nos ver voltar
(Refrão)
Que a mansarda, lá estava
E uma sardinheira subiu da janela ao telhado
E a mansarda, não mudara
E as aguas furtadas fizeram lembrar-me o passado