("Assim disse o poeta
na sua nostálgica saudade da querida terra natal")
Amargurado pela dor de uma saudade
Fui ver de novo o recanto onde nasci
Onde passei minha bela mocidade
Voltei chorando com a tristeza que eu senti
Vi as campinas que eu brincava com maninho
E a palmeira que o meu velho pai plantou
Chorei demais com saudade do velhinho
Que Deus do céu há muitos anos já levou
E onde estão meus estimados companheiros?
Se foram tantos janeiros desde que deixei meus pais
Adeus lagoa, poço verde da esperança
Meu tempinho de criança que não voltam nunca mais
("Descanse em paz poeta na querida Coromandel
nas Minas Gerais")
Meu pé de cedro desfolhado, já sem vida
Sinal amargo de uma rósea esperança
O monjolinho, quero ouvir suas batidas
Ao embalar a minha alma de criança
Mansos regatos que brotavam lá da serra
Saudosa fonte que alegrava o meu viver
Adeus paisagem, céu azul da minha terra
Rincão querido, hei de amar-te até morrer
E onde estão meus estimados companheiros?
Se foram tantos janeiros desde que deixei meus pais
Adeus lagoa, poço verde da esperança
Meu tempinho de criança que não voltam nunca mais