Papai na varanda, mamãe na cozinha
Fogão de lenha, panela de barro a cozinhar
Fumaça que sobe, empretece o telhado
O jeito simples do homem do campo a falar
A chuva que cai
Goteiras que formam
Os sapos que cantam
Pedindo mais chuva no sertão
Formigas que voam a comemorar
Renova o verde e novas vidas vão voltar
É assim o meu sertão
À tarde eu volto
Cheio de alegria
O café torrado, pisado e moído no pilão
O sol vai se pondo
A noite chegando
A orquestra na lagoa
E a felicidade no coração
Nambu no cerrado
Siriema a cantar
Três maio no rio
E nós na lagoa a pescar
O vento que sopra
E o vendaval
A vida tão simples, tranquila e bela
Tudo é normal
É assim o meu sertão